Diagnóstico de riscos ambientais em estação de tratamento de efluentes no município de Maringá, PR

Autores

  • Ana Paula Jambers Scandelai Universidade Estadual de Maringá
  • Camila Dias Pinaffi Universidade do Oeste Paulista
  • Paula Polastri Universidade Estadual de Maringá
  • Cristhiane Michiko Passos Okawa Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.18265/2594-4355a2018v1n2p1-10

Palavras-chave:

Riscos ocupacionais. Segurança ocupacional. Medidas de segurança. ETE. Segurança do trabalho.

Resumo

As estações de tratamento de efluentes domésticos e industriais, necessárias aos empreendimentos diversos, apresentam riscos ocupacionais associados a elas, necessitando, portanto, que os trabalhadores exerçam a sua função com segurança. Dessa forma, este estudo tem como objetivo garantir a segurança do trabalhador ao identificar os riscos químicos, biológicos e mecânicos a que ele está sujeito e sugerir medidas de segurança adequadas. O objeto de estudo foi um operador de uma estação de tratamento de efluentes líquidos domésticos e industriais, localizada em Maringá, Paraná. A coleta de dados foi realizada a partir de visita técnica destinada a conhecer o objeto de estudo, observando o processo de trabalho e as técnicas de tratamento de efluentes adotadas. Foi ainda realizada entrevista aberta com os responsáveis pela empresa e inspeção visual, identificando os riscos no local. Foi verificada a existência de riscos químicos, biológicos e mecânicos, nos quais os trabalhadores estão expostos em diversas etapas do processo de tratamento de efluentes, bem como a existência de capacitação dos funcionários sobre os riscos a que estão expostos, sobre as medidas de segurança e o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs). Assim, recomenda-se a implantação de medidas de segurança relacionadas, principalmente, à proteção coletiva dos trabalhadores, pela introdução de equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e novos EPIs, mais adequados e seguros. Conclui-se que a empresa tem realizado bons treinamentos, mas uma fiscalização mais rigorosa quanto ao uso dos EPIs deve ser realizada; além disso, as recomendações propostas devem ser implantadas.

Biografia do Autor

Ana Paula Jambers Scandelai, Universidade Estadual de Maringá

Engenheira Ambiental, Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho, Mestra e Doutoranda em Engenharia Química

Camila Dias Pinaffi, Universidade do Oeste Paulista

Engenheira Ambiental, Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho, Mestra em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional e Doutoranda em Agronomia

Paula Polastri, Universidade Estadual de Maringá

Engenheira Ambiental, Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e em Ciências Ambientais, Mestra em Engenharia Urbana e Doutoranda em Engenharia Química

Cristhiane Michiko Passos Okawa, Universidade Estadual de Maringá

Engenharia Civil, Mestra em Engenharia Hidráulica, Doutora em Ciências Ambientais e Professora Adjunta do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Maringá

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Publicado

2019-03-03