Força de preensão palmar e habilidade manual em funcionários de escritório

Isabella Scherer Drumond

Centro Universitário de Lavras Brasil

Graduanda do curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Lavras- UNILAVRAS

Michel de Paulo Cunha

Centro Universitário de Lavras Brasil

Graduando do curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Lavras- UNILAVRAS

Camila de Fátima Leite Reis

Centro Universitário de Lavras Brasil

Graduanda do curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Lavras- UNILAVRAS

Adriano Rodrigues

Centro Universitário de Lavras Brasil

Doutor em Estatística aplicada e experimentação agropecuária- UFLA; Professor do departamento de engenharia no Centro Universitário de Lavras- UNILAVRAS, Lavras, MG.

Debora Almeida Galdino Alves

Centro Universitário de Lavras Brasil

Fisioterapeuta, Professora Mestre em Ciências da Saúde pela Unifesp São Paulo. Departamento de fisioterapia do Centro Universitário de Lavras- UNILAVRAS

Resumo

Introdução: As patologias dos membros superiores (MMSS) constituem as doenças ocupacionais mais frequentes, contribuindo para o crescente número de trabalhadores com força e habilidade diminuídas. Em pesquisas das capacidades manipulativas, a força de preensão (FPP) e destreza manual (DM) são elementos básicos a serem analisados, pois fornecem um índice objetivo da integridade funcional dos MMSS e constituem um indicador relevante na análise do estado geral do indivíduo. Objetivo:  verificar a FPP e DM em trabalhadores de escritório correlacionando com a presença de dores osteomusculares nos MMSS. Métodos: Foram avaliados 83 trabalhadores de escritório de uma instituição de ensino superior de ambos os gêneros. A  FPP foi avaliada através de um  dinamômetro hidráulico de mão, a DM avaliada através do Teste de Caixa de Blocos e os sintomas de DORT foram avaliados através  do questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. Resultados: Os voluntários apresentaram valores de FPP e de DM dentro dos valores esperados para a faixa etária na mão dominante. Em relação aos sintomas osteomusculares 77,9% apresentaram dor ou desconforto em alguma região do MMSS nos últimos doze meses. As áreas mais acometidas pelos sintomas foram: coluna torácica, pescoço, ombros e punhos respectivamente.  Não foram encontradas correlações significativas entre a FPP, a DM e os  sintomas de DORT. Conclusão: Observou-se que não existe correlação significativa entre a FPP e a DM com a presença da sintomatologia dolorosa da DORT na população estudada, no entanto a prevalência de dores osteomusculares em trabalhadores de escritório foi alta.

 

 

Palavras-chave


Força da mão. DORT. Dinamômetro. Ergonomia.


Texto completo:

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DOI: http://dx.doi.org/10.18265/2594-4355a2018v1n2p11-16

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