Exposição ocupacional ao calor em um laboratório acadêmico de produção de queijo minas e ricota

Autores

  • Mayslane de Sousa Gomes
  • Renata Paiva da Nóbrega Costa IFPB
  • Poliana Sousa Epaminondas IFPB

DOI:

https://doi.org/10.18265/2594-4355a2018v1n1p38-43

Palavras-chave:

Calor. Exposição ocupacional. NR 15. Laboratório acadêmico. Trabalhadores.

Resumo

A exposição ocupacional ao calor apresenta risco à saúde do trabalhador desde doenças leves como cãibras até mais graves como choque térmico quando o agente físico calor se encontra acima do Limite de Tolerância proposto pela NR 15, configurando a atividade como insalubre, ou seja, capaz de causar danos à integridade dos trabalhadores. Desta forma, este estudo teve por objetivo analisar a exposição ocupacional ao calor em um laboratório acadêmico com potencial de gerar efeitos adversos para a saúde dos seus envolvidos por simularem ambientes fabris onde há exposição dos seus usuários ao calor excessivo. Tratou-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quantitativa onde foi utilizado o Medidor de Estresse Térmico Termômetro de Globo (IBUTG) e qualitativa onde foi aplicado um questionário composto de 13 questões de múltipla escolha direcionado à professores e laboratoristas do setor. Os resultados demostraram que para a atividade moderada de produção de Queijo Minas cujo valor foi de IBUTG 27,69 que está entre o valor 26,8 a 28,0, o regime de trabalho pode ser de 45 min de trabalho com 15 min de descanso. Enquanto que, para a produção de Ricota, com valor de IBUTG igual a 25,97, ou seja, até 26,7, o regime de trabalho pode ser realizado de forma contínua, sendo portanto, consideradas atividades salubres. Porém, apesar disso, os usuários apresentaram sintomas de desconforto como cansaço, fadiga, sudorese excessiva e cãimbra. Diante disso, conclui-se que independente de valores quantitativos, a exposição ao calor pode se tornar prejudicial à saúde dos trabalhadores.

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Publicado

2018-07-29