PERCEPÇÃO AMBIENTAL DA POPULAÇÃO DE RIACHO DE SANTANA/RN NO CONTROLE DE MOSQUITOS

Ana Beatriz da Costa

Brasil

Estudante de curso técnico integrado em Meio Ambiente e bolsista do CNPq pelo IFPB, Campus Sousa

Ana Rayara Gomes Almeida

Estudante de curso técnico integrado em Meio Ambiente e bolsista do CNPq pelo IFPB, Campus Sousa

Karine da Silva Carvalho

Docente e orientadora do IFPB, Campus Sousa. 

Resumo

O mosquito Aedes aegypti é o principal responsável pela transmissão da dengue, chikungunya e zika. Até o momento não há tratamentos exclusivos nem vacinas comercialmente disponíveis e eficazes para um alcance preventivo destas doenças infecto-parasitárias. Em várias cidades há fatores ambientais, sociais e econômicos que beneficiam a propagação desse inseto. A disponibilidade de água, condições de armazenamento, coleta e disposição de lixo são fatores que afetam a sobrevivência de insetos, e consequentemente a incidência das doenças por eles veiculadas. Consequentemente, é de grande importância realizar pesquisas para avaliar a percepção da população humana, sobretudo nos centros urbanos, em relação ao controle de mosquitos. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi obter o conhecimento da população de Riacho Santana sobre a relação do ambiente no controle do Ae. aegypti. visando auxiliar nos posteriores projetos de educação em saúde. Para tal, inicialmente essa pesquisa foi aprovada pelo Comitê de ética do IFPB. Realizou-se a aplicação de questionário, através do Google Forms®, à população maior de idade e residente de Riacho Santana. Perguntas sobre a incidência de arboviroses e ambientais foram feitas. Foram entrevistadas um total de 20 pessoas do bairro São João desse município. Os resultados demonstraram que 85% da população conhece alguém que já teve dengue. Isso reflete na alta incidência dessa arbovirose e que há transmissão dessa doença no local. Em relação a percepção ambiental no desenvolvimento das arboviroses, 100% da população possui água encanada em casa, mas 70% destas guardam água em depósito, entretanto 30% não possui algum tipo de vedação. Essa situação reflete no abastecimento irregular de água, o que intensifica o desenvolvimento de mosquitos, visto que esses depósitos desprovidos de tampas possam atuar como potenciais criadouros. Cerca de 20% das pessoas acham que a ocorrência das arboviroses não tem relação com o lixo. Isso dificulta a redução do vetor, visto que o lixo também é uma fonte de manutenção do mosquito. As mudanças climáticas, como o aquecimento global para 35% dos entrevistados, não estão relacionadas com a ocorrência das arboviroses. Em suma, torna-se factível a necessidade de avançar na disseminação de conhecimento para a população de Riacho Santana, pois uma parcela da população não percebe a importância do ambiente no desenvolvimento destas doenças parasitárias. A eficácia do manejo ambiental no controle de mosquitos está diretamente associada à mobilização e engajamento da população, que para controlar o mosquito antes precisa conhecer. A educação em saúde ambiental é importante na prevenção através da mudança de comportamento por parte da população e assim controlar a população do mosquito vetor.

Texto completo:

DOI: http://dx.doi.org/10.35512/ras.v6i1.6483

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