ESPOROTRICOSE LINFOCUTÂNEA EM GATO ERRANTE

Erick Platiní Ferreira Souto

Programa de Pós-Graduação em Ciência e Saúde Animal, Hospital Veterinário (HV), Centro de Saúde e Tecnologia Rural (CSTR), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Patos-PB Brasil

Programa de Pós-Graduação em Ciência e Saúde Animal, Hospital Veterinário (HV), Centro de Saúde e Tecnologia Rural (CSTR), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Patos-PB

Jôvanna Karine Pinheiro

Discente do Curso de Medicina Veterinária, CSTR, UFCG, Patos-PB

Discente do Curso de Medicina Veterinária, CSTR, UFCG, Patos-PB

Yanca Góes dos Santos Soares

Discente do Curso de Medicina Veterinária, CSTR, UFCG, Patos-PB Brasil

Discente do Curso de Medicina Veterinária, CSTR, UFCG, Patos-PB

Ialys Macêdo Leite

Discente do Curso de Medicina Veterinária, CSTR, UFCG, Patos-PB Brasil

Discente do Curso de Medicina Veterinária, CSTR, UFCG, Patos-PB

Fernanda Ramalho Ramos

Discente do Curso de Medicina Veterinária, CSTR, UFCG, Patos-PB Brasil

Discente do Curso de Medicina Veterinária, CSTR, UFCG, Patos-PB

Tábatah Rodriguez de Carvalho Pinheiro

Discente do Curso de Medicina Veterinária, CSTR, UFCG, Patos-PB Brasil

Discente do Curso de Medicina Veterinária, CSTR, UFCG, Patos-PB

Glauco José Nogueira de Galiza

Docente do Curso de Medicina Veterinária, HV, CSTR, UFCG, Patos-PB Brasil

Docente do Curso de Medicina Veterinária, HV, CSTR, UFCG, Patos-PB

Antônio Flávio Medeiros Dantas

Docente do Curso de Medicina Veterinária, HV, CSTR, UFCG, Patos-PB Brasil

Docente do Curso de Medicina Veterinária, HV, CSTR, UFCG, Patos-PB

Resumo

A esporotricose é uma micose causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii, que possui capacidade de infectar o ser humano e os animais. Os gatos não castrados e com livre acesso à rua possuem um importante papel epidemiológico na transmissão e propagação da doença. A transmissão do agente ocorre principalmente pelo contato com o solo ou mordeduras e arranhaduras causadas pelos gatos. Os animais comumente apresentam nódulos ulcerados nos membros, região cervical, cefálica, face, pinas e cauda. Portanto, objetiva-se com este trabalho descrever um caso de esporotricose linfocutânea em um gato errante no Sertão da Paraíba. Foi encaminhado a uma clínica veterinária particular em Patos, Paraíba, um gato macho, adulto, sem raça definida, errante, apresentando lesões cutâneas ulceradas e multifocais por todo o corpo. Realizou-se citologia das lesões e identificaram-se miríades de leveduras fúngicas, morfologicamente compatíveis com Sporotrix sp. Devido ao mau prognóstico e dificuldade de realizar o tratamento, foi conduzida a eutanásia do animal. Na necropsia observavam-se lesões cutâneas ulceradas, avermelhadas, bem circunscritas e com bordos elevados e acinzentados, localizadas na face, pálpebra, orelha e membros, principalmente nas falanges e dígitos. No exame histopatológico da pele, observava-se a derme piogranulomatosa associada a estruturas fúngicas leveduriformes, variando de redondos a ovalados, com núcleo centralizado levemente basofilico, circundado por halo claro, e medindo 4-9µm de diâmetro compatíveis com Sporotrix sp. O diagnóstico foi estabelecido com base nos achados epidemiológicos, clínicos, citológicos e anatomopatológicos. É uma doença de alto potencial zoonótico e que requer medidas profiláticas efetivas para seu controle. A esporotricose é uma doença infecciosa relativamente frequente em gatos, que pode cursar com quadros clínico-patológicos graves, e usualmente demanda um prolongado e dispendioso tratamento antifúngico.

Texto completo:

Referências


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SCHUBACH, T. M. P.; SCHUBACH, A. O. Esporotricose em gatos e cães – revisão. Clínica Veterinária, n. 29, p. 21-24, 2000.


DOI: http://dx.doi.org/10.35512/ras.v4i4.4596

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