MORFOLOGIA, NUTRIÇÃO E PRINCIPAIS PRAGAS DO MARACUJAZEIRO DOCE (PASSIFLORA ALATA CURTIS)

Guilherme Gomes Rolim

Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA). Cuiabá- Mato Grosso - Brasil Brasil

Doutor em entomologia agrícola.

Universidade Federal Rural de Pernambuco

weliton Carlos de Andrade

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB- Brasil Brasil

Doutorando em Ciências Agrarias - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB- Brasil

Daniel Soares de Abrantes

EMATER-PB Brasil

Mestre em Sistemas agroindustriais - Universidade Federal de campina Grande -UFCG - Pombal - Brasil

Oscar Mariano Hafle

Instituto Federal de Alagoas, campus de Maragogi- AL- Brasil Brasil

Doutor em Fitotecnia, Professor Instituto Federal de Alagoas, campus de Maragogi- AL- Brasil

Giseuda Pereira de Almeida

Professora do EEEFM Dione Diniz Oliveira Dias Sousa PB Brasil

Possui Graduação em Agroecologia e Educação Fisica

Resumo

O maracujazeiro-doce (Passiflora alata Curtis) é uma espécie nativa da América do Sul, especialmente do Brasil, mas encontrada também no Peru, Paraguai e Argentina, ainda desconhecida da maioria da população. Morfologicamente descrita como uma planta escandente, glabra, caule quadrangular de arestas aladas, gavinhas axilares robustas, estípulas lanceoladas, pecíolos com 2 a 4 glândulas e folhas ovadas inteiras. Seus botões florais pilosos e as flores são hermafroditas, homoclamídeas pentâmeros, com sépalas e pétalas carmim na face adaxial e coroa com filamentos brandeados de branco e roxo, apresentando uma única antese, sendo que, na região sudeste, é necessário 1h para a antese completa iniciando a partir das 4h da manhã e fechando por volta das 19h. Seus frutos são ovoides, de coloração amarela a laranja quando maduros, com grande variação no formato e tamanho. As sementes são cordadas e faveoladas, em geral, de 7 a 8mm de comprimento. A demanda por nutrientes acompanha a curva de acúmulo de matéria seca na planta. Inicialmente, a demanda por nutrientes é pequena, mas, a partir de 120 dias, a extração de nutrientes, principalmente N, K e Ca é intensa. O nitrogênio tem um pico de demanda melhor definido ao redor de 210 dias, da ordem de 200 Kg/ha. Os nutrientes extraídos em maior quantidade pelo maracujazeiro são: N>K>Ca>S>P>Mg; já entre os micronutrientes o destaques ficam para Fe>Zn>Mn>B>Cu. O P. alata como toda cultura está sujeito ao ataque de pragas como mosca-das-frutas, percevejos, coleobrocas e ácaros que causam dano a planta.

Texto completo:

Referências


BOIÇA JR., A. L. Pragas da cultura do maracujazeiro. In: simpósio brasileiro sobre a cultura do maracujazeiro, 1. Jaboticabal, 1998. Anais...Jaboticabal: FUNEP, 1998. p.175-203.

BORGES, D. I.; COSTA, C. A.; HAFLE, O. M.; SANTOS, V. A.; CURI, P. N.; PENONE, E. S.; Crescimento vegetativo de maracujazeiro-doce nas condições edafoclimáticas de Lavras, MG.; Congresso Brasileiro de Fruticultura, Vitoria, ES. 2008.

BRUCKNER, C. H.; OTONI, W. C. H. Hibridação em maracujá. In: BORÉM, A. (Ed). Hibridação artificial de plantas. Viçosa: UFV, 1999. p. 379-399.

CERVI, A.C. Passifloraceae do Brasil: estudo do gênero Passiflora L., subgênero Passiflora. FontQueria, Madrid, v. 45, p.1-92, 1997.

CHACON, P. & M. ROJAS. 1984. Entomofauna associada a Passiflora mollisima, P. edulis f. flavicarpa y P.quadrangularis en el Departamento del Valle del Cauca. Turrialba 34: 297-311.

COPPENS D’EECKENBRUGGE, G. Promesas de las pasifloras. Disponível em: . Acesso em: 10/10/ 2009.

De Bortoli, S.A. & A.C. Busoli. 1987. Pragas do maracujazeiro, p.111-123. In Ruggiero, C. Maracujá. Ribeirão Preto, Legis Summa, 246p.

FLECHTMANN, C. H. W.,1977. Ácaros de Importância Veterinária, 2ª. ed. Livraria Nobel S.A., 192 p.

GONÇALVES, E. R.; ROSATO, Y. B. Genotypic characterization of xanthomonad strains isolated from passion fruit plants (Passiflora spp.) and their relatedness to different Xanthomonas species. International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology, Spencer Wood, UK, v. 50, p. 811-821, 2000.

GALLO, D., O. NAKANO, S.S. Neto, R.P.L. CARVALHO, G.C. et al. Entomologia agrícola. Piracicaba, FEALQ, 2002. 920p

HAAG, H.P.; OLIVEIRA, G.D.; BORDUCCHI, A.S.; SARRUGE, J.R. Absorção de nutrientes por duas variedades de maracujá. Anais da ESALQ, Piracicaba, n.30, p.267-279, 1973.

KAVATI, R.; PIZA JUNIOR, C. T. Cultura do maracujá-doce. Campinas: CATI, 2002. p. 10-12. (Boletim Técnico, 244).

KILLIP, E.P. The American species of Passifloraceae. Chicago: Field Museum of Natural History (Botanical Series 49), 613p. 1938.

LEINEL, S.; SAMPAIO, A. C.; Maracujá-Doce: Aspectos Técnicos e Econômicos. Ed. UNESP, 2007.

MELETTI, L.M.M; MAIA, M.L. Maracujá: produção e comercialização. Boletim Técnico Instituto Agronômico Estado de São Paulo, Campinas, v. 181, p. 1-62, 1999.

MELO, N. F.; CERVI, A. C.; GUERRA, M. Karyology and cytotaxonomy of the genus

Passiflora L. (Passifloraceae). Plant Systematics and Evolution, n. 226, p. 69-84, 2001.

MORALES ABANTO, A.; MÜLLER, L.E. Alteraciones producidas en el maracuja (Passiflora edulis f. flavicarpa) por deficiencias de manganeso, hierro, boro, y zinc. Turrialba, Coronado, v.27,p.163-168,1977.

OLIVEIRA, J. C.; SALOMÃO, T. A.; RUGGIERO, C.;ROSSINI, A. C. Variações observadas em frutos de Passiflora alata Ait. Proceedings of the tropical region – American Society of Horticultural Science, v. 25, p.343-345. 1982.

PICANÇO, M.C.; MARQUINI, F.; GALVAN, T.L. Manejo de pragas em cultivos irrigados sob pivô central. In: Zambolim, L (Ed.). Manejo Integrado; Fitossanidade; Cultivo Protegido, Pivôcentral e Plantio direto. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 722p. 2001.

QUAGGIO, J.A.; PIZA JUNIOR. C.T. Nutrição mineral e adubação da cultura do maracujá. In: Simpósio brasileiro sobre a cultura do maracujazeiro, 5., 1998, Jaboticabal. Anais... Jaboticabal: Funep, 1998. p.130-156.

SILVA, J.R. Situação da cultura do maracujazeiro na Região Central do Brasil. In: Simpósio brasileiro sobre a cultura do maracujá, 5., 1998, Jaboticabal. Anais... , p.18-19.

STEYSKAL, G.C. 1980 The grammar of family-group names as exemplified by those of fishes. Proc. Biol. Soc. Wash. 93(1):168-177.

VANDERPLANK, J. Passion flowers. 2th ed. Cambridge: MIT, 1996. p. 45-46.

VASCONCELLOS, M. A. das; CEREDA, E. O cultivo do maracujá doce. In: SÃO JOSÉ, A. R. (Ed.). Maracujá: produção e mercado. Vitória da Conquista: UESB, 1994. p. 71-83.

VASCONCELLOS, M. A. S.; SAVAZAKI, E. T.; GRASSI FILHO, H.; BUSQUET, R. M. B.; MOSCA, José Luiz; Caracterização Física e Qualitativa de Nutrientes em Frutos de Maracujá Doce. Revista Brasileira de Fruticultura., Jaboticabal-SP, v. 23, n. 3, p. 690-694, dezembro 2001.

VERAS, M. C. M. Fenologia, producao e caracterizacao fisico-quimica dos maracujazeiros acido (Passiflora edulis f. flavicarpa Deg.) e doce (Passiflora alata Dryand) nas condicoes de cerrado de Brasilia-DF. 1997. 105 f. Dissertação (Mestrado)- Universidade Federal de Lavras, Lavras, 1997.


DOI: http://dx.doi.org/10.35512/ras.v3i1.2185

O arquivo PDF selecionado deve ser carregado no navegador caso tenha instalado um plugin de leitura de arquivos PDF (por exemplo, uma versão atual do Adobe Acrobat Reader).

Como alternativa, pode-se baixar o arquivo PDF para o computador, de onde poderá abrí-lo com o leitor PDF de sua preferência. Para baixar o PDF, clique no link abaixo.

Caso deseje mais informações sobre como imprimir, salvar e trabalhar com PDFs, a Highwire Press oferece uma página de Perguntas Frequentes sobre PDFs bastante útil.

Visitas a este artigo: 1611

Total de downloads do artigo: 2453