(DES)CONHECIMENTOS ACERCA DA BIODIVERSIDADE DA CAATINGA PELOS ESTUDANTES DA ESCOLA E.M.E.I.E.F. MATIAS DUARTE ROLIM, CAJAZEIRAS, PARAÍBA
DOI:
https://doi.org/10.35512/ras.v3i4.3679Abstract
O presente relato apresenta a experiência desenvolvida no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), por meio da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campus Cajazeiras, Paraíba. Este projeto possibilita diferentes didáticas em sala de aula, uma aproximação do discente em formação na licenciatura em Geografia com a escola, na Educação Básica, propiciando assuntos relevantes e contextualizados com a atualidade e realidade dos educandos, além de desenvolver estratégias com tecnologias e novas metodologias de ensino. Deste modo, a presente experiência mostra uma abordagem acerca dos (des)conhecimentos acerca da biodiversidade da Caatinga por parte dos educandos do 6º Ano, da E.M.E.I.E.F Matias Duarte Rolim, situada na cidade de Cajazeiras, Paraíba. A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro e abrange grandes riquezas biológicas com diferentes tipos de espécies que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar. No entanto, a população pouco ou nada conhece sobre esse tipo de vegetação que compõe o Semiárido Nordestino brasileiro. A falta do conhecimento da biodiversidade local, das diversas especies existentes, faz com que o apreço da população esteja voltado apenas às espécies exóticas, ou seja, espécies originárias de outras regiões, não desenvolvendo a construção da afetividade e familiaridade das mais diversas espécies existentes no Nordeste desvalorizando as espécies nativas, isto é, espécies da própria localidade, e ainda apresentando estranhamento das espécies endêmicas, que só podem ser encontradas na região semiárida. Assim, o objetivo didático foi proporcionar um diálogo com os educandos o (des)conhecimento e o reconhecimento de uma pequena parte dessa biodiversidade da Caatinga para a valorização das suas propriedades produtivas, como também na valorização da região onde se está inserido. Empregou-se como método a conversação didática, partindo de perguntas (feitas pelo professor) e respostas (por parte do educando), numa progressiva construção de saberes. Utilizou-se datashow com imagens das espécies e papel para anotações.No decorrer da apresentação das imagens, os educandos deveriam indicar o nome da espécie e origem a partir dos conceitos apresentados (endêmico, exótica, nativa), de acordo com os conhecimentos dos alunos adquiridos ao longo do seu cotidiano. As espécies apresentadas foram Fisális conhecida popularmente como Canapu; Carnaúba; Coroa-de-Frade e Ypê-amarelo. O resultado da atividade revelou o conhecimento básico dos educandos para com as espécies nativas, endêmicas e exóticas da região, tendo ainda apresetado dificuldades em identificar por meio das imagens as espécies presentes em sua região. Numa das perguntas realizadas ‘Você conhece alguma espécie endêmica da região Nordeste?’ alguns responderam:‘Jurema (Espécie Nativa do Semiárido); Mangueira, Coqueiro e Palma (Espécies exóticas) demonstrando o desconhecimento dessas espécies presentes no Semiárido Nordestino. Concluiu-se que o ensino de Geografia tem importante papel no conhecimento da biodiversidade nativa do Semiárido e necessita ser mais bem apreciado no currículo escolar sendo contextualizado com significado para a vida e o lugar dos educandos, como expressões da promoção do sentimento de pertencimento e de valorização das culturas e do lugar.
Palavras-chave: Biodiversidade da Caatinga. Espécie Endêmica. Espécie Nativa. Educação Contextualizada. Ensino de Geografia.