COMERCIALIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS: UM ESTUDO ETNOBOTÂNICO NA FEIRA LIVRE DO MUNICÍPIO DE OLIVEDOS – PB
DOI:
https://doi.org/10.35512/ras.v3i4.3660Abstract
INTRODUÇÃO: A pesquisa etnobotânica é um importante instrumento para levantar, compreender e registrar dados sobre o conhecimento popular do uso de plantas em uma comunidade(VEIGA JUNIOR; PINTO; MACIEL, 2005), visto que o uso de plantas medicinais é bastante comum até os dias de hoje. O Brasil é um dos maiores paises que apresenta uma biodiversidade que chega a quase 55 mil espécies que correscondem ao total de 22% das mundiais. Em várias partes do país plantas medicinais são comercializadas, estas são encontradas em feiras livres, mercados populares e até mesmo nos quintais de residências, de forma que estas plantas são comercializadas de modo que qualquer pessoa pode encontra-las e fazer uso de diversas formas e em diversos lugares. OBJETIVO: Realizar uma estudo etnobotânico sobre o perfil dos comerciantes de plantas medicinais em feira livre na cidade de Olivedos – PB, verificando as indicações terapeuticas, comparando as semelhanças e divergencias com as indicações citadas pela literatura descrita no trabalho. METODOLOGIA: O estudo foi realizado no municipio de Olivedos – PB, possui aproximadamente 3.627 habitantes, destribuidos em um total de 317,917 km² de área territorial, com densidade demográfica de 11,41 (IBGE, 2010). Trabalho realizado no mês de setembro de 2017 na feira livre do municipio, as informações foram obtidas através de entrevistas com 10 comerciantes que possuem pontos de venda dessas plantas. Para coleta foram utilizados formularios semi- estruturados de acordo com Martins (2000), complementados por conversas informais e entrevistas livres, continham questões com o objetivo de obter informações sobre o os comerciantes e o conhecimento destes sobre plantas, de forma adicional foram obtidas informações sobre as especies vegetais, e seus respectivos modos de uso, preparo e as partes que eram utilizadas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: foram identificadas ao todo
10 famílias, entre elas, a família Fabaceae com 2 (duas) espécies e 1 (uma) espécie para as famílias Caesalpinioideae, Zingiberaceae, Anacardiaceae, Lamiaceae, Myrtaceae, Liliaceae, Rosaceae, Pedaliaceae e Lauraceae. O número obtido nesse trabalho se encontra aproximado a trabalho realizado em CAMPINA GRANDE, PB, onde os autores registraram 25 espécies medicinais (ALVES et al., 2007). Comparando com outros trabalhos, o número de espécies obtido nesse encontra-se baixo. No que se refere à parte da planta medicinal utilizada, observou-se um maior uso de folhas (40%), cascas (40%), seguido de caule e sementes, com (10%) ambas as partes das plantas. O uso de casca é frequentemente citado em outros estudos etnobotânicos do semiárido nordestino, como sendo a segunda parte vegetal mais utilizada. Observou-se também a predominância dos chás (31%), seguida por “lambedor” ou “garrafada” e em banhos (6%). CONCLUSÃO: Conclui-se que o estudo etnobotânico na feira livre do munícipio de Olivedos-PB apresentou um considerado conhecimento e uso das plantas medicinais e suas indicações terapêuticas, embora o número de espécies identificados de plantas tenha sido baixo, o reconhecimento dos usos tradicionalmente no tratamento de inflamações e infecções em geral, gastrites, na cura de ferimentos, bem como outras doenças, valoriza a comercialização destas plantas medicinais em regiões do semiárido. Palavras-chave: Biodiversidade. Plantas Medicinais. Botânica.