PLANTANDO ÁGUA E COLHENDO CHUVA: Como a recuperação vegetal no Nordeste pode Influenciar na Precipitação Chuvosa da Região
Resumo
Aparentemente, a maioria das preocupaçoes de órgãos governamentais, se concentram na crescende demenda por produção de comida e em como os efeitos das mudanças climáticas podem afetar os mercados de alimentos em grandes economias e nos países subdesenvolvidos. Entendemos que grandes mudanças na política de uso da terra são críticas para a preservação ambiental e manutenção da pluviosidade acumulada em diferentes regiões. O entendimento das populações urbanas e rurais de que o papel de preservação e as ações de redução dos impactos ambientais, são uma responsabilidade local e regional ainda é extremamente limitado. No nordeste brasileiro, os efeitos da degradação dos biomas e os impactos pela destruição da cobertura vegetal podem ser ainda mais expressivos e limitantes. As florestas e árvores que a compõem, cumprem seu papél de produção e regulação das águas de maneira equivalente em todos os biomas, desempenhando um papel fundamental e direto na absorção da água da chuva no solo, mantendo a umidade através da transpiração e influenciando na diminuição da taxa de evapotranspiração de outras plantas. Portanto, a criação e recuperação de áreas de mata nativa e caatinga podem aumentar a taxa de transpiração vegetal, criando pequenas bolhas microclimáticas que atuem simultaneamente como fontes de preservação do solo, recuperação de lençois freáticos e atração de precipitações chuvosas.
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