PLANTANDO ÁGUA E COLHENDO CHUVA: Como a recuperação vegetal no Nordeste pode Influenciar na Precipitação Chuvosa da Região

saulo Gusmão da Silva de tarso

Universidade Federal do Agreste de Pernambuco Brasil

Saulo de Tarso Gusmão da Silva é médico veterinário (UFRPE- 2007), especialista em aspectos da criação, produção e reprodução de ruminantes no semiárido. Possui residência médica pela Clínica de Bovinos de Garanhuns - UFRPE (2008-2010), Tem mestrado pela UFRPE/UAG (2010-2012), onde desenvolveu pesquisas com fermentação ruminal, caracterização de gases produzidos no rúmen e prevenção de distúrbios metabólicos. É PhD pela Southern Illinois University, Agricultural Sciences, Carbondale, IL – USA, onde desenvolveu pesquisas voltadas à endocrinologia produtiva de ruminantes e equídeos. É professor efetivo do Programa de Pós-graduação em Sanidade e Reprodução de Animais de Produção nível mestrado, tem como linha de investigação, o desenvolvimento de soluções para sistemas produtivos no semiárido nordestino. Possui mais de 30 artigos científicos publicados e é revisor Ad hoc de 8 revistas nacionais e internacionais. Foi finalista da edição 2020 da Nuffield International Farming Scholars awards. É coordenador do Núcleo de Inovações Agrárias para o Nordeste (Nuinova), que atua desde 2018 na criação e execussão de inovações tecnológicas para o desenvolvimento rural do semiárido.

Resumo

Aparentemente, a maioria das preocupaçoes de órgãos governamentais, se concentram na crescende demenda por produção de comida e em como os efeitos das mudanças climáticas podem afetar os mercados de alimentos em grandes economias e nos países subdesenvolvidos. Entendemos que grandes mudanças na política de uso da terra são críticas para a preservação ambiental e manutenção da pluviosidade acumulada em diferentes regiões. O entendimento das populações urbanas e rurais de que o papel de preservação e as ações de redução dos impactos ambientais, são uma responsabilidade local e regional ainda é extremamente limitado. No nordeste brasileiro, os efeitos da degradação dos biomas e os impactos pela destruição da cobertura vegetal podem ser ainda mais expressivos e limitantes. As florestas e árvores que a compõem, cumprem seu papél de produção e regulação das águas de maneira equivalente em todos os biomas, desempenhando um papel fundamental e direto na absorção da água da chuva no solo, mantendo a umidade através da transpiração e influenciando na diminuição da taxa de evapotranspiração de outras plantas. Portanto, a criação e recuperação de áreas de mata nativa e caatinga podem aumentar a taxa de transpiração vegetal, criando pequenas bolhas microclimáticas que atuem simultaneamente como fontes de preservação do solo, recuperação de lençois freáticos e atração de precipitações chuvosas.

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DOI: http://dx.doi.org/10.35512/ras.v7i2.7301

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