RAIVA HUMANA NA PARAÍBA, BRASIL

Autores

  • Suzanna Cavalcante Lins Centro Universitário de Patos - UNIFIP
  • Emmanuel de Assis Cunha Centro Universitário de Patos-UNIFIP
  • Débora Rochelly Alves Ferreira Centro Universitário de Patos-UNIFIP

DOI:

https://doi.org/10.35512/ras.v5i2.5111

Resumo

INTRODUÇÃO: A raiva é uma antropozoonose transmitida pela inoculação do vírus por mordeduras, arranhaduras e/ou lambeduras através do contato com saliva infectada. Distribuída mundialmente, apresenta letalidade próxima a 100%, sendo considerada uma doença de alto risco à saúde pública. No Brasil, ocorre vacinação gratuita para cães e gatos contra a raiva animal no intuito de imunizá-los, por serem considerados como principais fontes de infecção no ciclo urbano. Há também, disponibilização de soro e/ou vacina gratuitos para humanos, para casos de agressões por animais suspeitos de raiva. Animais silvestres também podem transmitir tal doença à população humana e a outros animais. Com isso, a disseminação dos casos no estado da Paraíba, por diversas formas de divulgação, mostra-se importante para que se tenha a informação de que tal doença representa ainda um risco à saúde pública no estado e para que os profissionais de saúde tenham o conhecimento sobre protocolos e deem importância para realizar o esquema de vacinação completo, tanto humano quanto animal, além de repassar a informação correta aos usuários do SUS sobre a importância da realização correta do esquema vacinal. OBJETIVO: Realizar levantamento dos casos confirmados de raiva humana no estado da Paraíba, a fim de disseminar tal informação, no meio científico. METODOLOGIA: Foi realizada um estudo retrospectivo dos dados secundários através de buscas na plataforma DATASUS, do Ministério da Saúde, encontrados no SINAN e no portal online do Governo do Estado da Paraíba, buscando informações oficiais sobre casos confirmados de raiva humana na Paraíba, entre 2007 a 2020. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o período deste estudo, 14 anos, foram confirmados 2 casos de raiva humana na Paraíba, sendo um caso em 2015 e um em 2020. O ano de 2015, foi encontrado através do SINAN um caso de uma criança, do sexo masculino, entre 1-4 anos de idade, residente na zona rural da cidade de Jacaraú, sem relato de qual teria sido o animal agressor. Já no caso de 2020, foi divulgado que uma senhora de 68 anos, moradora da zona rural de Riacho dos Cavalos sofreu mordedura por raposa. Ambos os casos evoluíram para óbito. A população humana deve ter um cuidado maior com casos de agressões (mordeduras ou arranhaduras) por animal da zona rural, pois são animais que podem apresentar o vírus rábico e serem fonte de infecção, apresentando um risco maior para as pessoas. CONCLUSÃO: Deve-se ter um olhar mais ampliado e humanizado nos serviços de saúde, quando se envolve agressões por animais à população humana. Além de ampliar a educação em saúde e educação permanente para que tanto a população quanto os profissionais dos serviços de saúde tenham maior conhecimento sobre formas de promoção, prevenção, ações de vigilância em saúde e protocolos de tratamento.

Biografia do Autor

Suzanna Cavalcante Lins, Centro Universitário de Patos - UNIFIP

Residente no Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Primária à Saúde -UNIFIP.

Emmanuel de Assis Cunha, Centro Universitário de Patos-UNIFIP

Residente no Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Primária à Saúde - UNIFIP.

Débora Rochelly Alves Ferreira, Centro Universitário de Patos-UNIFIP

Departamento de Medicina Veterinária. Centro Universitário de Patos - UNIFIP.

Referências

GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA. Nota Informativa nº 01-25/06/2020. Disponível em: https://paraiba.pb.gov.br/diretas/saude/arquivos-1/vigilancia-em-saude/nota-informativa_-caso-de-raiva-humana-no-estado-da-paraiba.pdf. Acesso em: 29 nov. 2020

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Publicado

2021-03-22

Edição

Seção

RESUMO SIMPLES -III CETIS - 2020 - Medicina Veterinária