PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS NA REGIÃO SISALEIRA DA BAHIA: UM LEVANTAMENTO COM ESTUDANTES DO INSTITUTO FEDERAL BAIANO CAMPUS SERRINHA

Edna Santana dos SANTOS

http://lattes.cnpq.br/1662130365092424 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano - Campus Serrinha Brasil

Discente do Curso Superior em Tecnologia de Gestão de Cooperativas/ Laboratório de Políticas Públicas, Ruralidades e Desenvolvimento Territorial (LaPPRuDes) / Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano Campus Serrinha. Estrada Vicinal de Aparecida, s/n, Bairro Aparecida, Serrinha – Bahia, CEP: 48700-000.

Edeilson Brito de Souza

ORCID iD Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano - Campus Serrinha Brasil

Discente do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas / LaPPRuDes/ Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano Campus Serrinha. Estrada Vicinal de Aparecida, s/n, Bairro Aparecida, Serrinha – Bahia, CEP: 48700-000.

Carla Teresa dos Santos Marques

ORCID iD http://lattes.cnpq.br/4681532982947778 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano - Campus Serrinha

Engenheira Agrônoma (2008) e Mestre em Ciências Agrárias (2011) pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Atualmente é professora de Agroecologia do Instituto Federal Baiano - Campus Serrinha. Pesquisadora do Laboratório de Políticas Públicas, Ruralidades e Desenvolvimento Territorial - LaPPRuDes  e do Grupo de Pesquisas e Estudos sobre Lavoras Xerófilas - XERÓFILAS. Tem experiência nas áreas de Agricultura Familiar e Agroecologia, Assistência Técnica e Extensão Rural de base Agroecológica, Sistemas Agroflorestais, Agricultura Indígena, Adubação verde, Plantas Espontâneas e Medicinais.

Erasto Viana Silva Gama

ORCID iD http://lattes.cnpq.br/4544683262660297 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano - Campus Serrinha Brasil

Engenheiro Agrônomo (2007) e Mestre em Ciências Agrárias pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (2011). Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico na área de Agroecologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha, onde ministra disciplinas no Curso Técnico em Agroecologia e na Pós-Graduação latu sensu em Inovação Social, com ênfase em economia solidária e agroecologia. Membro do Grupo de Pesquisas e Estudos sobre Lavoras Xerófilas - XERÓFILAS e do Laboratório de Políticas Públicas, Ruralidades e Desenvolvimento Territorial - LaPPRuDes, nesses grupos desenvolve ações de inovação, pesquisa e extensão relacionado a caatinga, comunidades tradicionais, lavouras e plantas xerófilas, panc, homeopatia e manejo de agroecossistemas.

Resumo

As plantas alimentícias não convencionais (PANC) compõem um grupo de plantas com uma ou mais partes comestíveis, podendo ser cultivadas ou espontâneas, incluindo também especiarias, condimentares, aromáticas e outras, apresentando grande importância cultural, uma vez que seu uso está associado aos saberes tradicionais dos povos e comunidades. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho foi realizar um levantamento junto a estudantes dos cursos presenciais do IF Baiano Campus Serrinha quanto ao conhecimento, consumo, disponibilidade de acesso e interesse em conhecer mais sobre as PANC. Para tanto, utilizou-se de um questionário montado na plataforma Google forms® e divulgado por meio de grupos no aplicativo WhatsApp®. Participaram da pesquisa 48 estudantes dos sete cursos presenciais, incluindo os níveis técnico (Agroecologia, Agropecuária e Agroindústria), graduação (Ciências Biológicas e Gestão de Cooperativas) e pós-graduação latu sensu (Inovação Social e Educação do Campo). 56,3% dos participantes da pesquisa já ouviram falar em PANC, sendo o termo mais conhecido entre os estudantes do curso técnico em agroecologia. 93,8% dos entrevistados já experimentaram algumas PANC, mas seu consumo não é frequente entre os entrevistados. As espécies mais conhecidas foram o Licuri (Syagrus coronata), a Beldroega (Portulaca oleraceae) e a Língua-de-vaca (Talinum sp.). Os participantes apresentaram maior interesse conhecer todos aspectos sobre as PANC e apontam como principal forma para isso a realização de cursos, elaboração de cartilhas e divulgação em redes socias. A partir da realização desse estudo foram desencadeadas algumas ações como a realização de minicurso durante a I Semana de Biologia do IF Baiano campus Serrinha, a criação do um canal de divulgação na rede social Instagram®, e está sendo produzido um e-book com informações sobre as PANC apontadas nesse estudo.

Texto completo:

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DOI: http://dx.doi.org/10.35512/ras.v5i3.4670

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