TEORIA DO EFEITO ESTÉTICO E TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL: PERSPECTIVA DE LEITURA LITERÁRIA COM O CONTO UMA TARDE PLENA, DE CLARICE LISPECTOR

Kayo Henriky Lima da Silva

Universidade Federal da Paraíba Brasil

Licenciado em Letras pela Universidade Federal da Paraíba.

Josuel Belarmino de Oliveira

Universidade Federal da Paraíba

Graduando em Letras pela Universidade Federal da Paraíba.

Resumo

Este trabalho tem como motivação os estudos e pesquisas desenvolvidos no GEAL – Grupo de Estudos em Antropologia Literária (UFPB/PPGL/CNPq). O Grupo é formado por estudantes da graduação e pós-graduação em Letras da Universidade Federal da Paraíba. Nesse contexto, o objetivo deste resumo é apresentar uma estratégia de leitura literária com o conto Uma Tarde Plena, da escritora Clarice Lispector. Para isso, utilizamos como referencial teórico a Teoria do Efeito Estético, do teórico alemão Wolfgang Iser (1996) em associação à tese de Santos (2009). A Teoria do Efeito Estético preocupa-se com a interação entre texto e leitor e tenta compreender os processos mentais que ocorrem ao leitor no momento de sua leitura. O sentido atribuído pelo leitor ao texto literário é, de acordo com essa Teoria, o objeto estético de sua experiência, que também pode ser chamada de obra. Assim, para considerar a existência do leitor real nesse processo interativo, consideramos a tese de doutorado de Santos (2009), que a partir de uma teoria psicológica, a Teoria Histórico-Cultural, de Lev Semenovich Vygotsky, propõe o processo de ensino e de aprendizagem através da literatura, mediada pela associação dessas duas teorias. Diante disso, propomos a leitura literária sob as óticas acima apresentadas iniciando pelo mapeamento da experiência estética dos leitores, ou seja, indicar os principais conceitos da teoria iseriana percebidos na interação com o texto literário, que para a nossa proposta, é o conto supracitado. Esse texto apresenta uma situação do cotidiano, com resquícios de humor e surpresa, além de dispor elementos que são do conhecimento comum. Portanto, o que diferencia e atualiza o texto é o leitor, com seu repertório, sentido e significação atribuídos após a leitura e experienciação. Desse modo, o leitor não precisa se preocupar com o que a autora quis dizer com esta história, mas ele mesmo, sendo gerenciador de sua experiência estética, é capaz de promover a sua emancipação leitora, intelectual e cognitiva, pois de acordo com Teoria Histórico-Cultural, quando isso acontece, sua Zona de Desenvolvimento Proximal é alargada, e seu Nível de Desenvolvimento Potencial se torna um novo Nível de Desenvolvimento Real.

Texto completo:

DOI: http://dx.doi.org/10.35512/ras.v5i1.5068

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