AGROECOLOGIA, RENDA E CIDADANIA: UM OLHAR PARA AS EXPERIÊNCIAS EXITOSAS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.35512/ras.v3i3.3823Resumo
INTRODUÇÃO: O presente trabalho busca realçar experiências exitosas na região do Semiárido, a partir de Intercâmbio de agricultores e produtores de vários contextos de seus territórios. A região semiárida é marcada por secas periódicas que somadas a componentes políticos, econômicos e socioculturais, reduzem seu potencial produtivo, além da insuficiente armazenagem de água, há perda de colheitas, diminuição de forragens e produção de animais. A convivência com o Semiárido baseia-se em estratégias para se adaptar aos períodos de estiagem, baseada no planejamento e na cultura de estoques. OBJETIVOS: Destacar a importância dos intercâmbios para as famílias agricultoras, bem como, a essa troca de aprendizados que oportunizam que as famílias valorizem frutas e outros recursos desperdiçados, despertando o caráter empreendedor principiante no empoderamento de mulheres e jovens inseridos no mercado, mobilização dos grupos da comunidade, implantação e funcionamento de feiras agroecológicas. METODOLOGIA: Realizamos uma pesquisa de cunho bibliográfico na literatura especializada a partir de dados secundários, dando enfoque aos principais autores que tratam da temática no amplo campo de produções científicas. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A partir das visitas, trazem receitas de novos produtos e estratégias de produção e comercialização, sensibilizando os grupos no aproveitamento dos recursos naturais e no combate a desertificação e promoção da agroecologia, especialmente a conservação da variedade de sementes crioulas ou ‘sementes da paixão’ em bancos comunitários gerenciados por uma comissão local de agricultores, que controlam a quantidade e qualidade, retiradas e devolução, evitando que as culturas desapareçam e tornando as famílias independentes frente às empresas produtoras. Além de alimento, representa e retrata a cultura e o modo de viver de um povo. O conhecimento de experiências contribui para o cultivo de plantas medicinais (fitoterápicos) vendidas em feiras agroecológicas, contribuindo com a saúde, o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, nos processos de transformação de sistemas produtivos tradicionais em sistemas agroecológicos, através de tecnologias adaptadas e apropriadas às condições do Semiárido. Apoiar projetos sociais com financiamentos de tecnologias de acesso à água e de suporte a organizações populares que atuam na realidade semiárida na capacitação das famílias para a construção e manutenção desses sistemas, apoiando as comunidades em sua capacidade de gestão, de geração de renda e de inserção dos seus produtos e serviços no mercado, participação como Sociedade Civil Organizada nos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os intercâmbios permitem conhecer outras realidades, o saber popular apoiado por parcerias, interage com técnicas simples, construído respostas viáveis, replicáveis e adequadas às demandas comunitárias, contribuem para o aprimoramento das políticas públicas na consolidação da gestão pública descentralizada e democrática oportunizando a participação da sociedade nos processos decisórios.