AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA NO ASSENTAMENTO MARIA DA PENHA/PB: IDENTIDADE COM A TERRA

Autores

  • Maykon Douglas Gomes Barbosa Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande UFCG-PATOS.
  • Victória Kelly Sousa de Araújo Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande UFCG.
  • Madson Kherly Santos Mendes Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande UFCG.
  • Alisson Medeiros Monteiros Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande UFCG.
  • Joedla Rogrigues de Lima Professora do curso de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande UFCG.

DOI:

https://doi.org/10.35512/ras.v3i4.3673

Resumo

INTRODUÇÃO: A segurança alimentar e nutricional é uma área estratégica. A revolução verde foi implementada pelo governo brasileiro após a década de 1960. É exemplo do grande investimento nos setores primários, enfatizando a produtividade e mantendo a estrutura fundiária dominante. Paralelamente, movimentos sociais, liderados por pequenos produtores; a identificação, em nível mundial, da importância da agricultura familiar e os impactos negativos do modelo agroexportador retirou do anonimato este importante segmento fornecedor de alimentos frescos para os brasileiros. A imagem do agricultor familiar mudou nestas duas ultimas décadas, de um setor atrasado e acomodado, para a verificação de sua dinâmica e pujança. OBJETIVOS: Avaliar a percepção da agricultura familiar no semiárido nordestino através do cultivo sustentável. METODOLOGIA: Pesquisa qualitativa, com estudo de caso, a partir de relatos espontâneos de produtores rurais no assentamento Maria da Penha I e II, no município de Alagoa Grande/PB onde foram avaliadas variáveis de manejo e cultivo das culturas no local. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A partir das entrevistas realizadas, observou-se que os 2 produtores AF1 de 65 anos e o AF2 de 42 anos residem em áreas de assentamento que foram concedidas através dos programas que o INCRA oferece e seguem uma tradição familiar no campo, assim como grande parte da população que vive no meio rural. A produção da agricultura familiar é o único modo de sobrevivência das famílias entrevistadas e, em função disso, pode-se dizer que esta é a realidade de muitos habitantes da região, o retorno que esta prática os oferece é para consumo próprio e venda do excedente nas feiras da região. Verificou-se que os agricultores aproveitam bem o período de chuvas para efetuar a captação de água para suas cisternas que auxiliam tanto no consumo próprio para a residência, quanto para a irrigação de seus plantios e, na ausência de chuvas na região, recebem recargas de carro-pipa, fornecidas pela Prefeitura Municipal de Alagoa Grande. Observou-se ainda que os agricultores apresentam uma grande preocupação com a recuperação dos solos no que se refere à sua área de cultivo, uma vez que eles não utilizam agrotóxicos e os tipos de adubos usados são de fontes orgânicas como serapilheira, cascas de banana, borra do café, entre outros e, para o plantio, expectam pela época com altos índices pluviométricos e, ocorrendo isso, separam as terras de modo que realizem a semeadura de forma diversificada; os entrevistados tem uma cultura diversificada e demonstraram conhecer alguns passos essenciais para o cultivo, como por exemplo, espaçamento entre espécies, quando irrigar e, na presença de pragas, o que fazer, seguindo orientações recebidas em visitas que o INCRA realiza na região . CONCLUSÃO: Os agricultores familiares são um símbolo de resistência a um modelo agroexportador que os excluiu por muitas décadas. Suas falas e práticas traduzem o grau de identidade com o semiárido nordestino, sua terra e seu lugar.

Biografia do Autor

Maykon Douglas Gomes Barbosa, Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande UFCG-PATOS.

Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande UFCG-PATOS.

Victória Kelly Sousa de Araújo, Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande UFCG.

Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande UFCG.

Madson Kherly Santos Mendes, Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande UFCG.

Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande UFCG.

Alisson Medeiros Monteiros, Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande UFCG.

Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande UFCG.

Joedla Rogrigues de Lima, Professora do curso de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande UFCG.

Professora do curso de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande UFCG.

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Publicado

2020-01-17

Edição

Seção

RESUMO SIMPLES -III CETIS - 2020 - Agropecuária