Resumo

Este artigo é oriundo de um projeto de extensão realizado em Cajazeiras, cidade localizada no alto sertão paraibano, onde as barreiras impostas ao ensino-aprendizagem ainda se mantêm fundamentadas em um modelo educacional arcaico, no qual a educação é tratada exclusivamente para atender as premissas impostas pela sociedade. Motivamo-nos a estudar essa temática diante da carência pedagógica das escolas públicas em transmitir os conhecimentos da Educação Matemática e em virtude da relevância que este componente curricular proporciona como a autonomia e a cidadania. Nesse sentido, levamos entretenimento com intuito pedagógico para crianças e adolescentes de duas escolas da rede pública municipal de ensino, funcionando como meio para que o aluno busque, critique e se interesse pelos temas matemáticos propostos. Em nossas análises constatamos um déficit educacional e cultural nos discentes daquelas instituições. Dessa forma, nossas oficinas semanais provocava-os a repensar a todo o momento os valores éticos e morais de maneira significativa e sustentável à luz da Etnomatemática. Durante os dez meses de execução do projeto, percebemos uma melhora significativa no comportamento e na cognição bem como nos aspectos sociopolíticos e culturais dos alunos; esse momento possibilitou-nos levar o lúdico como material didático crucial para aquelas demandas.